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Acordos e vice podem definir eleições em Maringá.

Walber Guimarães Junior.


As pesquisas mais recentes disponíveis, para as eleições municipais de Maringá, apontam um amplo favoritismo do ex-prefeito Silvio Barros, atingindo índices bem superiores à soma de todos os adversários. Silvio oscila entre 48 e 50% das intenções de voto e seus prováveis concorrentes seguem em empate técnico com um dígito. Todavia, nada permite afirmar que as eleições estão definidas.



Além de todo o processo eleitoral ainda a ser formalmente deslanchado só em agosto, muitas outras etapas políticas ainda serão percorridas entre maio e final de julho, com as convenções partidárias, e será este movimento que pode consolidar números para outubro, data do primeiro turno.


Nos bastidores, todos percebem que a lista de candidatos ainda está inflada porque alguns dos postulantes buscam apenas holofotes para novas disputas, legislativo em 2026, e uma boa composição com os favoritos pode ser mais atraente que uma participação pífia, cara e desgastante.


Serão exatamente estes arranjos que definirão o tamanho de cada candidatura e, neste aspecto, apenas Humberto Henrique, petista previamente escorado por várias siglas, está pronto para a campanha, ainda que lhe falte confirmar o nome de seu vice, se possível trazendo nova sigla para o conglomerado partidário.


Na situação, a timidez ainda surpreende. O vice-prefeito Edson Scabora jogou no lixo a lealdade ao MDB, migrando para o PSD, buscando o empenho do governador Ratinho. O apoio é certo, já que estão na mesma sigla, mas o empenho, na minha opinião só ocorre se os números apontarem competitividade do candidato, ainda não visível, porque à frente segue o a também aliado líder do PP. Nos meios políticos segue e desconfiança com a capacidade da situação de inflar seu candidato. Por longos sete anos, os deputados Jacovós e Do Carmo foram intensamente prestigiados e, no momento eleitoral, desconhecem a parceria e colocam seus nomes à disposição.


Acredito que o atual prefeito prefere cobrar espaços cedidos na gestão apenas em 2026, quando, muito provavelmente tentará a Câmara Federal e parece muito mais razoável ter Jacovós e Do Carmo como dobradinha do que como concorrentes ao mesmo cargo.

Lógico que a expectativa maior reside nos três nomes supramencionados; o ex-prefeito líder das pesquisas, o candidato da situação e o candidato do governo federal, por suas capacidades de aglutinar forças com mais eficiência, além de se associarem com ideias bem consolidadas no imaginário popular, sejam elas recall de administrações anteriores, desta ou mesmo das práticas petistas, sempre atraentes pela amplitude projetada de participação popular, mas algumas outras candidaturas buscam a consolidação, correndo, por enquanto por fora.

Homero Marchese, sempre pilotando ótimas votações, embora sempre associado com rejeição elevada, Jacovós e Do Carmo, ambos com apelo forte ao voto da direita e respaldado pela visibilidade de seus mandatos e a vereador Ana Lucia, liderança consolidada do PDT, com boa aceitação eleitoral que oscila entre uma reeleição segura e uma disputa atraente, mas incerta. Evandro Oliveira, a bordo da federação PSDB Cidadania, com mais duas siglas coligadas também se apresenta bem mais preparado que na disputa anterior.


Observo que não há distância nos números de Scabora, Humberto e os pré-candidatos citados acima, estando todos em empate técnico entre 4 e 8% das preferências (todas as citações atendem à números de pesquisa de opinião registrada). Nesta situação, a expectativa é que dois, no máximo três nomes, desgarrem deste pelotão atingindo dois dígitos até junho e no início da campanha já estejam próximos de 15%, sem isso, a campanha terá apenas um turno.


Neste momento, o candidato favorito precisa definir qual a estratégia mais favorável, podendo, ao escolher o vice, trazer uma sigla importante, sendo o PL a mais atraente, por somar o apoio de Bolsonaro, eliminar uma candidatura concorrente, enxugar os números das soma dos concorrentes, apontar um caminho para 2026, além da sigla dispor de pelo menos um nome que atende pela preferência de Silvio Barros para a vice, ou, com o nome escolhido obter maior aprovação em nichos específicos ainda não atingidos.


Destaco que, entre os maiores de 40 anos, quase todos com recall elevado das gestões anteriores de Silvio, a expectativa de números é bem mais elevada e, certamente, se houver segundo turno, isto deverá resultar em índices menores entre eleitores mais jovens.


Ainda falta muito, mas qualquer observador atento percebe que a primeira disputa para todos é tentar garantir o segundo turno e isto exige que se atinja, o mínimo matemático de 18%, mas político de pelo menos 25%, impedindo que Silvio feche a conta ou atinja algo com 45% dos votos válidos que também torna o segundo turno apenas homologatório.


Tem água pra rolar, mas também não se pode omitir o intenso favoritismo de Silvio Barros, escorado por números e avaliação consistente.

 

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